sábado, 17 de março de 2012

MATERIAIS EMPREGADOS EM CONCRETO ARMADO: Agregados miúdo e graúdo.


Devemos  tomar  o cuidado para que em nossas obras não se  receba agregados com  grande variabilidade,  algumas vezes por  motivo de  abastecimento ou econômico,  daqueles  inicialmente escolhidos.

Esta variabilidade prejudica a homogeneidade e características mecânicas do concreto.

Se recebemos, com granulometria mais fina que o material usado na dosagem inicial,  necessitaremos uma maior quantidade de água para mantermos a mesma  trabalhabilidade e,  consequentemente, haverá uma redução na resistência mecânica. Se ocorrer o inverso haverá  um excesso de água para a mesma trabalhabilidade, aumentando a resistência pela diminuição  do   fator   água/cimento,   o   qual   será   desnecessário,   pois   torna-se   antieconômico,   além  de  provocar uma redução de finos, que prejudicará sua coesão e capacidade de reter água em seu  interior, provocando exudação do mesmo.

RECOMENDAÇÕES:

Deve-se ao chegar os agregados,  verificar a procedência,  a quantidade,  e o  local de  armazenamento e devem estar praticamente isentos de materiais orgânicos como humus, etc....  e também, siltes, carvão.

Quando da aprovação de  jazida para  fornecer agregados para concreto devemos  ter  conhecimento de resultados dos seguintes ensaios e/ou análises:

• reatividade aos álcalis do cimento (álcali-sílica, álcali-silicato, álcali-carbonato);
• estabilidade do material frente a variações de temperatura e umidade;
• análise petrográfica e mineralógica;
• presença de impurezas ou materiais deletéricos;
• resitência à abrasão;
• absorsão do material

No entanto, no caso de obras de pequeno porte, é praticamente inviável a execução  de  tais ensaios e análises.  Neste caso,  deve-se optar pelo uso de material  já consagrado no  local   ou   pela   adoção   de  medidas   preventivas,   em  casos   específicos     (uso   de  material  pozolânicos, por exemplo).

Para   evitarmos   a   variabilidade   dos   agregados   devemos   esclarecer   junto   aos  fornecedores a qualidade desejada e solicitar rigoroso cumprimento no fornecimento.

Para   o   armazenamento   dos   agregados   poderemos   fazê-lo   em  baias   com  tapumes  laterais de madeira (Figura11.2) ou em pilhas separadas, evitando a mistura de agregados de  diferentes  dimensões,  deveremos  fazer  uma  inclinação no  solo,  para que  a água  escoa no  sentido inverso da retirada dos agregados,  e colocar uma camada com aproximadamente 10  cm de brita, 1 e 2 para possibilitar a drenagem do excesso de água.

Recomenda-se que as alturas máximas de armazenamento sejam de 1,50m, diminuindo-
se   o   gradiente   de   umidade,   principalmente   nas   areias   e   pedriscos,   evitando-se   constantes
correções na quantidade de água lançado ao concreto.

Estando   a   areia   com  elevada   saturação,   deve-se   ter   o   cuidado   de   verificar   no  lançamento do material na betoneira, se parte da mesma não ficou retida nas caixas ou latas,  pedindo que seja bem batida para a sua total liberação.

Figura 11.2 - Baias de madeira para separar os agregados

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

Problemas Relativos à Concepção Sistema Estrutural

O colapso de uma estrutura dúctil, quando solicitada por um sismo, dá-se não pela capacidade resistente das secções aos esforços actuantes, ...

Entradas populares