segunda-feira, 26 de agosto de 2013

REGRA GERAL PARA DESENHO DAS LINHAS DO TELHADO

O telhado é geralmente representado na mesma escala da planta, isto é, geralmente na escala 1:100. Também é usual representá-lo na escala 1:200.

Indica-se por linhas interrompidas, os contornos da construção pois a cobertura deverá ultrapassar as paredes, no mínimo 0,50m, formando os beirais ou platibanda que são  representados por linhas cheias.

As águas do telhado ou os panos, tem seu caimento ou inclinação de acordo com o tipo de telha utilizada.

Ao projetarmos uma cobertura, devemos lembra-nos de algumas regras práticas:

1 - As águas-furtadas  são  as  bissetrizes  do  ângulo  formado  entre  as  paredes e  saem dos cantos internos.
2 - Os espigões são as bissetrizes do Ângulo formado entre as  paredes e saem dos  cantos externos.
3 - As cumeeiras são sempre horizontais e geralmente ficam no centro.
4  - Quando temos uma cumeeira em nível mais elevado da outra, fazemos a união  entre as duas com um espigão, e no encontro do espigão com a cumeeira mais  baixa nasce uma água furtada.



Perspectiva das linhas de um telhado
Figura 6.49 - Perspectiva das linhas de um telhado

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

FORMAS DE TELHADOS

1 - Beirais: 

Beiral é a parte do telhado que avança além dos alinhamentos das paredes externas, geralmente tem uma largura variando entre 0,40 a 1,00m,e o mais comum é 0,60; 0,80m. Podem ser em laje (Figura 6.41) ou em telhas vã (Figura 6.42).

Figura 6.41 - Beiral em laje
Figura 6.41 - Beiral em laje
Figura 6.42 - Beiral em telhas vã
Figura 6.42 - Beiral em telhas vã


2 - Platibanda:

São peças executadas em alvenaria que escondem os telhados e podem eliminam os beirais ou não (Figura 6.43). Neste caso, sempre se coloca uma calha, rufos e pingadeiras.


Figura 6.43 - Detalhe das platibandas
Figura 6.43 - Detalhe das platibandas

3 - Linhas do telhado: 

Os telhados são constituídos por linhas (vincos) que lhes confere as diversas formas (Figura 6.44). As principais linhas são:

- cumeeiras
- espigões
- águas-furtadas ou rincões
- a cumeeira é um divisor de águas horizontal e está representada na figura pela letra        (A)
- os espigões são, também, um divisor de águas, porém inclinados, letra (B)
- as águas-furtadas ou rincões são receptoras de água inclinados, letra (C)

O telhado pode terminar em oitão ou em água. Na figura 6.45, temos um telhado com duas águas e portanto dois oitões, ou um telhado de quatro águas, portanto sem oitões.

Figura 6.44 - Desenho das linhas de um telhado

Figura 6.45 - Telhados terminando em águas ou em águas mais oitão
4 - Tipos de telhados

Obs: Sempre devemos adotar soluções simples para os telhados pela economia, e  facilidade de mão-de-obra, evitando muitas calhas que só trarão transtornos futuros.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Novas Tendências de Gestão Ambiental - Influências sobre o Projeto e a Execução de Fundações

Atualmente delineia-se, em nível mundial, uma nova tendência no trato da gestão ambiental que, de certa forma, se assemelha ao enfoque dado à gestão da qualidade. Este modo de tratar as questões ambientais vem se consubstanciar no lançamento oficial das normas ISO da série 14000 no ano de 1996, após longa gestação e maturação.

Após os anos iniciais da conscientização das questões ecológicas em nível internacional, conturbadas por posições muito exacerbadas das várias correntes "pró" e "contra" a "preservação ambiental", evoluiu-se para os conceitos do "desenvolvimento ecologicamente sustentado" e agora para os "pro-dutos ecologicamente corretos".

A gestão ambiental surgiu quase que simultaneamente aos primeiros conceitos de qualificação,  cm 1971, com a criação pela ISO, de três Comitês Técnicos para tratar exclusivamente dessa ques-tão, que são o TC 146/Qualidade do ar, TC 147/ Qualidade da água c TC 190/Qualidade do solo.

A primeira vez em que a gestão ambiental passa a ser uma exigência objetiva é com o lançamento, cm 1992, da norma BS 7750, elaborada pela British Standards Institution (BSI) , com base na experiência acumulada de Sistemas de Gestão de Qualidade. Esta norma propõe um Sistema da Gestão

Ambiental, que procura nào somente ordenar e integrar os procedimentos existentes, como permitir que este seja passível dc Certificação. Esta Norma está diretamente relacionada à norma BS 5750, que trata dos Sistemas de Gestão de Qualidade, c que constitui a homônima inglesa da série ISO 9000.

Os múltiplos pontos dc abordagem da BS 7750, dos quais os rótulos ecológicos, os sistemas dc gestão ambiental e os métodos de ensaio sào apenas uma pane, e diversos aspectos da ISO 9000 evidenciam a necessidade dc se cesenvolverem temas que os subsidiem, como os novos concei tos de avaliação de performance ambiental e de análise dc ciclo de vida de produto.

No que se refere ao projeto e à execução de fundações, certamente ocorrerão algumas influências,
ao menos localizadas, sobre técnicas e processos e, possivelmente, até sobre tipos de fundação atualmente utilizadas que possam vir a sofrer restrições ao seu uso ou virem a ser eliminadas. Os comentário s qu e seguem tem certo caráte r especulativo quanto às condições futuras e não pretendem vaticinar o que irá ocorrer no campo das fundações mas tão-somente oferecer uma re-flexão aos leitores para melhor s e prepararem para sua atuação na futura conjuntura de um meio técnico inserido numa sociedade que tenha se imbuído do conhecimento e das responsabilidades de agir de forma ecologicamente correta.

Neste cenário alguns materiais terão utilização muito restrita e controlada em razão dos danos que podem provocar ao meio ambiente, o que limitará sensivelmente o uso de produtos tóxi-cos, contaminantes aéreos ou das águas, materiais que produzem resíduos nào biodegradáveis em mai-or quantidade etc. Certamente produtos como o CFC, detergentes nào-biodegradáveis, "pó da Chi-na" e outros já sobejamente condenados não só não serão utilizados como nem ao menos fabricados. Mas, e na Engenharia das Fundações, onde  praticamente não s c lida com produtos de alta perieulosidade, o que irá ocorrer? Algumas mudanças podem ser visualizadas, como segue:

• a cravação de estacas por percussão dinâmica (com uso de bate-estacas) certamente sofrerá restrições, possivelmente será excluída de regiões densament e habitadas ou limitada a certas distâncias de vários tipos de instalações urbanas como hospitais, escolas, teatros, construções de valor histórico relevante etc.
• o uso de bentonita para a execução de estacas escavadas deverá ser submetido a controles muito mais rigorosos, certamente não se permitindo em nenhuma hipótes e o lançamento de lamas bentoníticas como efluentes nos cursos d'âgua;
• o acondicionamento dos materiais pulverulentos utilizados nas obras (inclusive nas fundações), tais como cimento, cal e bentonita deverá sofrer exigências maiores quanto â garantia dc não oferecer riscos de produção de poeiras;
• as embalagens e materiais dc acondicionamento dos produtos e componentes utilizados nas obras (inclusive nas fundações) deverão s c submeter aos regulamento s mais gerai s relativos a embalagens visando â eliminação de resíduos tóxicos ou que produzam gases tóxicos quando de sua incincraçâo, a minimizaçào da produção de resíduos, entulhos e lixo que exijam disposição c nào tenham garantida a sua reciclagem ou o seu reaproveitamento;
• o trafego dc veículos pesados (carretas utilizadas para o transporte de peças pré-moldadas c de ixite-cstacas", por exemplo) poderá vir a ser mais restringido nas áreas urbanas especialmente nas depreservação ambiental ou do patrimônio histórico e cultural;
• escavações em áreas urbanas deverão sofrer controles muito mais rigorosos e a disposição de materiais escavados deverá ser vinculada ao seu uso imediato ou futuro, deixando de existir ix>ta-foras" e rareando as áreas para disposição dc entulhos e solo escavado;
• estacas dc madeira tendem a desaparecer do uso corrente, inclusive pelo fato de que muito provavelmente só madeiras provenientes de rcflorestamcntos poderão ser utilizadas nas construções c na indústria.

Assim, aos poucos, nos próximos anos será criado um novo contexto para muitas indústrias, inclusive para a indústria da construção civil, da qual a engenharia de fundações é parte integrante. Neste novo contexto alterar-sc-ào métodos, processos e, inclusive, as relações entre as partes envolvidas. O engenheiro geotécnico deverá estar consciente destas alterações, de modo a continuar a enfrentar os desafios que a profissão lhe oferece c contribuir para o desenvolvimento da sociedade na qual se insere.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Ruídos Causados por Obras de Fundações

Obras civis causam muitos tipos de ruídas, vários dos quais produzem incômodos aos vizinhos c transeuntes das redondezas. Má certos niídos especialmente incômodos que necessitam de tratamento  adequado para redução na emissão ou na propagação. A execução de fundações não é, em geral,  a atividade geradora dos maiores mídos numa obra  (como por exemplo o uso de serras elétricas de  disco para corte de madeira).

Mesmo assim, a cravaçào de estacas e o uso de compressores de ar  comprimido são fontes geradoras de ruídos que  nào devem ser negligenciados, em especial no caso  de obras em áreas residenciais ou nas proximidades de locais que requerem maior silêncio (hospitais, escolas, teatros, igrejas etc.).

Já que no Brasil não existe uma normalização  específica para o controle de ruídos em canteiros  de obras (como a BS 5228, parte 4, da British  Standards), deverá ser seguida, para a avaliação  de ruídos produzidos por obras civis em áreas  urbanas, a norma brasileira NBR 10151, da ABNT,  que dispõe sobre "Avaliação do ruído cm áreas  habitadas visando o conforto da comunidade".

Alguns municípios dispõem de legislação própria de restrições à emissão de ruídos em áreas  urbanas, geralmente associadas ao tipo de área  (zona residencial, comercial, industrial etc.), ao  horário do dia e, às vezes, ao tipo de dia (útil ou  domingo e feriado). No caso do município de Sào  Paulo, por exemplo, existe a Lei Municipal 8.106, de 1974 e o Decreto Regulamcnlador 11.467, do  mesmo ano, que estabelecem limites de ruído que variam de 50dB a 79dB, conforme local, dia e  horário.

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