sexta-feira, 23 de março de 2012

SISTEMA DE FÔRMAS: Pilares - Detalhes de utilização.


Os pilares são formados por painéis verticais travados por gravatas. Quando os pilares  forem   concretados   antes   das   vigas,   para   garantir   o   prumo,   temos   que   prever  contraventamentos em duas direções perpendiculares entre si (Figuras 11.6 e 11.7) os quais  deverão  estar  bem apoiados  no  terreno em  estacas  firmemente batidas ou engastalhos  nas  bases, lajes etc...  Devem ser bem fixados com pregos (18x27 ou 19x36) nas ligações com a  fôrma e com os apoios (estacas ou engastalhos).

Em pilares altos,  prever contraventamentos em dois ou mais pontos de altura,  e nos  casos   de   contraventamentos   longos   prever   travessas   com  sarrafos   para   evitar   flambagem  (Figuras 11.6 e 11.7).


Figura 11.6 - Detalhes do escoramento e contraventamentos em pilares

Devemos colocar gravatas com dimensões proporcionais às alturas dos pilares para que  possam resistir ao empuxo lateral do concreto fresco.

Na parte inferior dos pilares, as distância entre as gravatas devem ser máximo de 30 a  40 cm.  Não devemos esquecer  de deixar na base dos pilares uma  janela para a  limpeza e  lavagem do fundo,  bem como deixar  janelas intermediárias, a cada 2,0m (Figura 11.7),  para  concretagem  em etapas  nos  pilares   altos.  Esta  janela  tem  a  função de  facilitar  a vibração evitando   a   desagregação   do   concreto,   responsável   pela   formação   de   vazios   nas   peças  concretadas"bicheiras".

Figura 11.7 - Detalhes do escoramento e contraventamentos em pilares bem como das janelas

Tipos de gravatas usuais para o fechamento dos painéis dos pilares:

- Tipo 1 = sarrafo simples, de 2,5 x 7,0 ou 10 cm
- Tipo 2 = dois sarrafos de 2,5 x 7,0 ou 10 cm
- Tipo 3 = caibro com dois sarrafos de 2,5 x 7,0 ou 10,0 cm

Figura 11.8 - Tipos de gravatas utilizadas em pilares (Cardão.1969)

Além das gravatas podemos reforçar as formas dos pilares com arame recozido nº12 ou  nº 10  (seção 2),  ou ainda com espaguetes,   tensores,  que podem ser  introduzidas dentro de  tubos plásticos para serem reaproveitados ( seção 3) (Figura 11.9).

Figura 11.9 - Tipos de reforços em gravatas


Figura 11.10 - Modelos de tensores e espaguetes utilizados em fôrmas

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