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segunda-feira, 12 de maio de 2014

Consertos de falhas - Estructura de Concreto

Devemos proibir, nas obras, que após a desforma de qualquer elemento da estrutura de concreto armado sejam fechadas falhas (bicheiras) do concreto, para esconder eventuais descuidos durante a concretagem ou por outro qualquer motivo. Para os concertos nas falhas simples devemos assim proceder:

· remover o concreto solto, picotar e limpar bem o lugar a ser reparado.
· limpar bem as barras das armaduras descoberta removendo toda a ferrugem.
·  aplicar um adesivo a base de epóxi na superfície de contato do concreto e das  barras de aço com o novo concreto de enchimento.
·  preenchimento do vazio, com concreto forte, sendo aconselhável aplicar aditivo inibidor de retração (expansor).

Figura 11.36 - Método mais comum de consertos de falhas

segunda-feira, 5 de maio de 2014

CONCRETO DESFORMA

A desforma deve ser realizada de forma criteriosa. Em estruturas com vãos grandes ou com balanços, deve-se pedir ao calculista um programa de desforma progressiva, para evitar tensões internas não previstas no concreto, que podem provocar fissuras e até trincas.

Quando os cimentos não forem de alta resistência inicial ou não for colocado aditivos que acelerem o endurecimento e a temperatura local for adequada, a retirada das fôrmas e do escoramento não deverá ser feito antes dos seguintes prazos:

· faces laterais                                                      3 dias
· retirada de algumas escoras                                7 dias
· faces inferiores, deixando-se algumas 
   escoras bem encunhadas                                   14 dias
· desforma total, exceto as do item abaixo             21 dias
· vigas e arcos com vão maior do que 10 m           28 dias

A desforma de estruturas mais esbeltas deve ser feita com muito cuidado, evitandose desformas ou retiradas de escoras bruscas ou choques fortes.

terça-feira, 29 de abril de 2014

CONCRETO TEMPO DE CURA

Para definir o prazo de cura, motivo de constante preocupação de engenheiros e construtores nacionais, é necessário considerar dois aspectos fundamentais:

-  a relação a/c e o grau de hidratação do concreto;
-  tipo de cimento.

Para concretos com resistência da ordem de 15Mpa devemos curar o concreto num  período de 2  a dez dias, de acordo com a relação a/c utilizada e o tipo de cimento, conforme mostra a Tabela 11.8:


Há, também, outros aspectos importantes na determinação do tempo total de cura e  não podem deixar de ser mencionados, uma vez que, de alguma forma, atuam sobre a cinética  da reação de hidratação do cimento :

-  condições locais, temperatura, vento e umidade relativa do ar;
-  geometria das peças, que pode ser definida pela relação, área de exposição/volume da peça.

Em certas condições, haverá necessidade de concretos mais compactos (menos  porosos), exigindo um prolongamento do período em que serão necessárias as operações de  cura. Nessas condições haverá necessidade de considerar também a variável agressividade do meio ambiente.

O maior dano causado ao concreto pela falta da cura não será uma redução nas  resistências à compressão, pelo menos nas peças espessas, que retêm mais água e garantem o  grau de umidade necessário para hidratar o cimento. A falta de uma cura adequada age  principalmente contra a durabilidade das estruturas, a qual é inicialmente controlada pelas  propriedades das camadas superficiais desse concreto. Secagens prematuras resultam em camadas superficiais porosas com baixa resistência ao ataque de agentes agressivos.

Ironicamente, as obras mais carentes de uma cura criteriosa  – pequenas estruturas, com  concreto de relação  a/c elevada  – são as que menos cuidados recebem, especialmente  componentes estruturais, como pilares e vigas. Além disso, é prática usual nos canteiros de obras cuidar da cura somente na parte superior das lajes.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Cobrimento De Concreto Na Armadura

A importância do Cobrimento de concreto na armadura é de vital importância na durabilidade mas também pelos benefícios adicionais, como por exemplo a resistência ao fogo. É preocupante ao constatar que esse ponto é freqüentemente negligenciado.

Na execução, deve ser dada atenção apropriada aos espaçadores para armadura e uso de dispositivos para garantia efetiva do cobrimento especificado (Figura 11.34). 

Devemos em todos os casos garantir o total cobrimento das armaduras, lembrando que o aço para concreto armado estará apassivado e protegido da corrosão quando estiver em um meio fortemente alcalino propiciando pelas reações de hidratação do cimento, devemos fazer cumprir os cobrimentos mínimos exigidos no projeto e dado pela Norma. (Tabela 11.7)

Cobrimento das armaduras

para tal podemos empregar:

· pastilhas (espaçadores): plásticas ou de argamassa, que além de mais econômicas, aderem melhor ao concreto e podem ser facilmente obtidas na obra, com o auxílio de  formas de madeira, isopor (caixa de ovos), (para fazer gelo), metálica etc...

· cordões de argamassa.



Pastilhas de argamassa

terça-feira, 8 de abril de 2014

Aplicação do Concreto em Estruturas

Na aplicação do concreto devemos efetuar o adensamento de modo a torná-lo o mais compacto possível.

O método mais utilizado para o adensamento do concreto é por meio de vibrador de imersão, para isso devemos ter alguns cuidados:

· aplicar sempre o vibrador na vertical
· vibrar o maior número possível de pontos
· o comprimento da agulha do  vibrador deve ser maior que a camada a ser concretada.
· não vibrar a armadura
· não imergir o vibrador a menos de 10 ou 15 cm da parede da fôrma
· mudar o vibrador de posição quando a superfície apresentar-se brilhante.

Porém antes da aplicação do concreto nas estruturas devemos ter alguns cuidados:

· a altura da camada de concretagem deve ser inferior a 50 cm, facilitando assim a saída das bolhas de ar.
· e alguns cuidados nos pilares, vigas, lajes como segue:


a) Nos pilares

Verificar o seu prumo, e fazer com que a fôrma fique travada nos "engastalhos", e
contraventá-las.

Engravatar a fôrma a cada aproximadamente 50 cm, e em casos de pilares altos a  2,00m fazer uma abertura "janela" para o lançamento do concreto, evitando com isso a queda do concreto de uma altura fazendo com que os agregados graúdos permaneçam no pé do pilar formando ninhos de pedra a vulgarmente chamado "bicheira".

Podemos ainda fazer uma outra abertura no pé do pilar para, antes da concretagem,  fazer a remoção e limpeza da sua base.

O concreto deverá ser vibrado  com vibrador específico para tal, e não a "marteladas" como o usual.

Fazer um "cachimbo" nas janelas para facilitar a concretagem (Figura 11.29).

Cachimbo para facilitar a concretagem


b) - Nas vigas

Deverá ser feito formas, contraventadas a cada 50cm, através de gavatas, mãos-francesas etc., par evitar, no momento de vibração, a sua abertura e vazamento da pasta de cimento.

Verificar a estanqueidade das fôrmas;
Limpar as fôrmas e molhá-las antes de concretar

As vigas deverão ser concretadas de uma só vez, caso não haja possibilidade, fazer as
emendas à 45º (Figura 11.30).

As emendas de concretagem devem ser feitas de acordo com a orientação do Engenheiro calculista. Caso contrário, a emenda deve ser feita a 1/4 do apoio, onde geralmente os esforços sÃo menores. Devemos evitar as emendas nos apoios e no centro dos vãos, pois ao momentos negativos e positivos, respectivamente, são máximos.

Emendas de concretagem em vigas realizada à 45º

Quando uma concretagem for interrompida por mais de três horas a sua retomada só poderá ser feita 72horas  - após a interrupção; este cuidado é necessário para evitar que a vibração do concreto novo, transmitida pela armadura, prejudique o concreto em início de endurecimento. A superfície deve ser limpa, isenta de partículas soltas, e para maior garantia de aderência do concreto novo com o velho devemos:

1º retirar com ponteiro as partícula soltas
2º molhar bem a superfície e aplicar
3º ou uma pasta de cimento ou um adesivo estrutural para preencher os vazios e  garantir a aderência.
4º o reinicio da concretagem deve ser feito preferêncialmente pelo sentido oposto.

c) - Nas Lajes

Após a armação, devemos fazer a limpeza das pontas de arame utilizadas na fixação das barras, através de imã, fazer a limpeza e umedecimento das formas antes de concretagem, evitando que a mesma absorva água do concreto. O umedecimento nas fôrmas de laje maciça não pode originar acúmulo de água, formando poças.

Garantir que a armadura negativa fique posicionada na face superior, com a utilização dos chamados "Caranguejos." (Figura 11.31)

Detalhe da colocação de caranguejos no posicionamento das armaduras das lajes

Recomendamos o uso de guias de nivelamento e não de pilaretes  de madeira para nivelarmos a superfície das lajes.(Figura 11.32)


Detalhe das guias de nivelamento

Recomendamos ainda que as passarelas, para movimentação de pessoal no transporte  de concreto, seja feita móveis e apoiadas diretamente sobre as formas, independentes da  armadura (Figura 11.33).  forma evitaremos a vibração excessiva das armaduras com  eventual risco de aderência na parte de concreto já parcialmente endurecido, e a deslocação  das mesmas principalmente as armaduras negativas.

Passarela para concretagem

terça-feira, 1 de abril de 2014

Concreto Dosado Em Central

Para a utilização dos concretos dosados em central, o que devemos saber é programar e receber o concreto.

a) - Programação do concreto: devemos conhecer alguns dados, tais como:

· localização correta da obra
· o volume necessário
·  a resistência característica do concreto a compressão (fck) ou o consumo de cimento por m³ de concreto.
· a dimensão do agregado graúdo
· o abatimento adequado (slump test), Tabela 11.6 


Tabela 11.6 - Limite de abatimento (Slump-Test) para diversos tipos de concreto

A programação deve ser feita com antecedência e deve incluir o volume por caminhão a ser entregue, bem como o intervalo de entrega entre caminhões.

b) - Recebimento: antes de descarregar, deve-se verificar:

· o volume do concreto pedido
· a resistência característica do concreto à compressão (fck).
· aditivo se utilizado

Se tudo estiver correto, só nos resta verificar , o abatimento (slump test) para avaliar a quantidade de água existente no concreto. Para isso devemos executá-lo como segue:

· coletar a amostra  de concreto depois de descarregar 0,5 m³ de concreto ou = 30 litros.
· coloque o cone sobre a placa metálica bem nivelada e preencha em 3 camadas iguais e aplique 25 golpes uniformemente distribuídos em cada camada.
· adense a camada junto a base e no adensamento das camadas restantes, a haste deve  penetrar até a camada inferior adjacente.
· retirar o cone e com a haste sobre o cone invertido meça a distância entre a parte inferior da haste e o ponto médio do concreto.

terça-feira, 25 de março de 2014

Concreto Preparado em Betoneira

Os materiais devem ser colocados no misturador na seguinte ordem:

·  É boa a prática de colocação, em primeiro lugar, parte da água, e em seguida do agregado graúdo, pois a betoneira ficará limpa;
·  É boa a regra de colocar em seguida o cimento, pois havendo água e pedra, haverá uma boa distribuição de água para cada partícula de cimento, haverá ainda uma moagem dos grãos de cimento;
·  Finalmente, coloca-se o agregado miúdo, que faz um tamponamento nos materiais já colocados, não deixando sair o graúdo em primeiro lugar;
·  Colocar o restante da água gradativamente até atingir a consistência ideal.

O tempo de mistura deve ser contado a partir do primeiro momento em que todos os materiais estiverem misturados.

Podemos estabelecer os tempos mínimos com relação ao diâmetro "d" da caçamba do misturador, em metros (Tabela 11.5).

Tabela 11.5 - Tempos mínimos de mistura de acordo com o diâmetro e tipo de betoneira

OBS: Os materiais devem ser colocados com a betoneira girando e no menor espaço de tempo possível. Após colocados os materiais, deixe misturar no mínimo por 3 min.

Se o concreto ficar mole, adicione a areia e a pedra aos poucos, até atingir a consistência adequada.  Se ficar seco, coloque mais cimento e água, na proporção de 5 partes de cimento por 3 de água.

OBS : - Nunca adicione somente água, pois isso diminui a resistência do concreto. - Devemos sempre colocar um operário de confiança para operar a betoneira, pois é ele que controla o lançamento dos materiais.



terça-feira, 18 de março de 2014

Concreto Preparado Manualmente

Devemos evitar este tipo de preparo, pois a mistura das diversas massadas, não ficam com a mesma homogeniedade. O concreto preparado manualmente é aceitável para pequenas obras e deve ser preparado com bastante critério seguindo no mínimo as recomendações abaixo:

·  Deve-se dosar os materiais através de caixas com dimensões  pré determinadas, ou com  latas de 18 litros, e excesso de areia ou pedra no enchimento das mesmas deve ser retirado  com uma régua;

·  A mistura dos materiais deve ser realizada sobre uma plataforma, de madeira ou cimento,  limpa e impermeável (preferencialmente em "caixotes") (Figura 11.24);

·  Espalha-se a areia formando uma camada de 10 à 15cm, sobre essa camada esvazia-se o saco de cimento, espalhando-o de modo a cobrir a areia e depois realiza-se a primeira mistura, com pá ou enxada até que a mistura fique homogênia (Figura 11.24);

·  Depois de bem misturados, junta-se a quantidade estabelecida de pedra britada, misturando  os três materiais (Figura 11.25);

·  A seguir faz-se um buraco no meio da mistura e adiciona-se a água, pouco a pouco,  tomando-se o cuidado  para que não escorra para fora da mistura, caso a misturs for  realizada sobre superfície impermeável sem proteção lateral "caixotes" (Figura 11.26).

Para regular a quantidade de água e evitar excesso, que é prejudicial, é conveniente  observar a consistência da massa, da seguinte maneira:

·  Se a plainada com a pá, a superfície deve ficar úmida, sem perder água.
·  Se espremido com a mão um punhado de massa, a forma da espremedura deve permanecer.

Mistura da areia e do cimento sobre superfície impermeável

Adição das britas
Colocação da água

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

MATERIAIS EMPREGADOS EM CONCRETO ARMADO

1 Cimento

O projeto deverá estabelecer os tipos de cimento adequados, técnicamente e  economicamente, a cada tipo de concreto, estrutura, método construtivo, ou mesmo, em  relação aos materiais inertes disponíveis.

Exemplo de alguns tipos de cimento passíveis de emprego em aplicações específicas:

cimento Portland comum:

- concreto armado em ambientes não agressivos
- lançamento de pequenos volumes ou grandes volumes
- desde que empregados, na mistura, outros aglomerantes ativos (tais como materiais  pozolânicos ou escória de alto forno) para redução do calor de hidratação.
- Concreto protendido ou pré-moldado
- Não recomendado para emprego em ambientes agressivos;
- cimento Portland de alta reistência inicial  - pré-moldados;
- para descimbramento a curto prazo;
- não recomendado para lançamento de grandes volumes;
-  cimento de moderada e alta resistência a sulfatos.  
- estruturas em contato com sulfatos
- estruturas em meios ligeiramente ácidos;
- concreto massa;
- pouco recomendável o emprego em estruturas onde sejam necessárias a desforma e o descimbramento rápido
-  cimento Portland de alto forno  
- recomendável para estruturas em meios ácidos ou sujeitas a ataque de sulafatos e/ou ácidos;
- aplicável a concreto massa;
- possível o emprego com agregados álcali-reativos
-  cimento Portland pozolânico.  
- recomendável para concreto massa e para uso com agregados reativos com álcalis;
- aplicável a estruturas sujeitas a ataques ácidos fracos ou de sulfatos;
-  cimento aluminoso.  
- para refratários; em ambientes ligeiramente ácido.

O cimento, ao sair da fábrica acondicionado em sacos de várias folhas de papel  impermeável, apresenta-se finamente pulverizado e praticamente seco, assim devendo ser  conservado até o momento da sua utilização.

Quando o intervalo de tempo decorrido entre a fabricação e a utilização não é  demasiado grande, a proteção oferecida e em geral, suficiente.

Caso contrário, precauções suplementares devem ser tomadas para que a integridade  dos característicos iniciais do aglomerante seja preservada.

A principal causa da deterioração do cimento é a  umidade que, por ele absorvida,  hidrata-o pouco a pouco, reduzindo-lhe sensivelmente as suas características de aglomerante.

O cimento hidratado é facilmente reconhecível. Ao esfregá-lo entre os dedos sente-se  que não está finamente pulverizado, constata-se mesmo, freqüentemente, a presença de torrões  e pedras que caracterizam fases mais adiantadas de hidratação.

RECOMENDAÇÕES:

O cimento sendo fornecido em sacos, deve-se verificar sua integridade, não aceitando os que estiverem rasgados ou úmidos. Os sacos que contém cimento parcialmente hidratados, isto é, com formação de grumos que não são total e facilmente desfeitos com leve pressão dos  dedos, não devem ser aceitos para utilização em concreto estrutural.

Para armazenar cimento é preciso, em primeiro lugar, preservá-lo, tanto quanto  possível, de ambientes úmidos e em segundo, não ser estocado em pilhas de alturas excessivas,  pois o cimento ainda é possível de hidratar-se (Figura 11.1). É que ele nunca se apresenta  completamente seco e a pressão elevada a que ficam sujeitos os sacos das camadas inferiores  reduz os vazios, forçando um contato mais intenso entre as partículas do aglomerante e a  umidade existente.

Portanto para evitar essas duas principais causas de deterioração do cimento é  aconselhável:

  - As pilhas não excederem de mais de 10 sacos, salvo se o tempo de  armazenamento for no máximo 15 dias, caso em que pode atingir 15 sacos.
- As pilhas devem ser feitas a 30 cm do piso sobre estrado de madeira e a 30 cm  das paredes e 50 cm do teto (Figura 11.1).

Figura 11.1 - Local para guarda de materiais

Os lotes recebidos em épocas diferentes e diversas não podem ser misturados, mas  devem ser colocados separadamente de maneira a facilitar sua inspeção e seu emprego na  ordem cronológica de recebimento. Deve-se tomar cuidados especiais no armazenamento  utilizando cimento de marcas, tipos e classes diferentes. O tempo de estocagem máxima de  cimento deve ficar em torno de 30 dias.  A capacidade total armazenada deve ser suficiente para garantir as concretagens em um  período de produção máxima, sem reabastecimento.


2 Agregados miúdo e graúdo

Devemos tomar o cuidado para que em nossas obras não se receba agregados com  grande variabilidade, algumas vezes por motivo de abastecimento ou econômico, daqueles  inicialmente escolhidos.

Esta variabilidade prejudica a homogeneidade e características mecânicas do concreto.  Se recebemos, com granulometria mais fina que o material usado na dosagem inicial,  necessitaremos uma maior quantidade de água para mantermos a mesma trabalhabilidade e,  consequentemente, haverá uma redução na resistência mecânica. Se ocorrer o inverso haverá um excesso de água para a mesma trabalhabilidade, aumentando a resistência pela diminuição do fator água/cimento, o qual será desnecessário, pois torna-se antieconômico,  além de  provocar uma redução de finos, que prejudicará sua coesão e capacidade de reter água em seu  interior, provocando exudação do mesmo.

RECOMENDAÇÕES:

Deve-se ao chegar os agregados, verificar a procedência, a quantidade, e o local de  armazenamento e devem estar praticamente isentos de materiais orgânicos como humus, etc....  e também, siltes, carvão.
Quando da aprovação de jazida para fornecer agregados para concreto devemos ter  conhecimento de resultados dos seguintes ensaios e/ou análises:

·  reatividade aos álcalis do cimento (álcali-sílica, álcali-silicato, álcali-carbonato);
·  estabilidade do material frente a variações de temperatura e umidade;
·  análise petrográfica e mineralógica;
·  presença de impurezas ou materiais deletéricos;
·  resitência à abrasão;
·  absorsão do material

No entanto, no caso de obras de pequeno porte, é praticamente inviável a execução  de tais ensaios e análises. Neste caso, deve-se optar pelo uso de material já consagrado no  local ou pela adoção de medidas preventivas, em casos específicos  (uso de material  pozolânicos, por exemplo).

Para evitarmos a variabilidade dos agregados devemos esclarecer junto aos  fornecedores a qualidade desejada e solicitar rigoroso cumprimento no fornecimento. 

Para o armazenamento dos agregados poderemos fazê-lo em baias com tapumes  laterais de madeira (Figura11.2) ou em pilhas separadas, evitando a mistura de agregados de  diferentes dimensões, deveremos fazer uma inclinação no solo, para que a água escoa no  sentido inverso da retirada dos agregados, e colocar uma camada com aproximadamente 10 cm  de brita, 1 e 2 para possibilitar a drenagem do excesso de água.


Figura 11.2 - Baias de madeira para separar os agregados




Recomenda-se que as alturas máximas de armazenamento sejam de 1,50m, diminuindo- se o gradiente de umidade, principalmente nas areias e pedriscos, evitando-se constantes  correções na quantidade de água lançado ao concreto.


Estando a areia com elevada saturação, deve-se ter o cuidado de verificar no  lançamento do material na betoneira, se parte da mesma não ficou retida nas caixas ou latas,  pedindo que seja bem batida para a sua total liberação.

3 - Água

A resistência mecânica do concreto poderá ser reduzida, se a água utilizada no  amassamento conter substâncias nocivas em quantidades prejudiciais.  Portanto, a água destinada ao amassamento deverá ser as águas potáveis.

Do ponto de vista da durabilidade dos concretos, o emprego de águas não potáveis no amassamento  concreto pode criar problemas a curto ou longo prazo.

Se, para o concreto simples, o uso de águas contendo impurezas, dentro de certos  limites, pode não trazer conseqüências danosas, o mesmo não ocorre com o concreto armado,  onde a existência de cloretos pode ocasionar corrosão das armaduras, além de manchas e  eflorescências superficiais.


4 - Armaduras

Os problemas existentes com as barras de aço é a possibilidade de corrosão em maior
ou menor grau de intensidade, em função de meio ambiente existente na região da obra, o que
provoca a diminuição da aderência ao concreto armado e diminuição de seção das barras. 
No primeiro caso, esta diminuição é provocada pela formação de uma película não
aderente às barras de aço, impedindo o contato com o concreto. No segundo caso de
diminuição de seção, o problema é de ordem estrutural, devendo ser criteriosamente avaliada a
perda de seção da armadura.

RECOMENDAÇÕES:

Meios fortemente agressivos (regiões marítimas, ou altamente poluídas): 

- Armazenar o menor tempo possível;
- Receber na obra as barras de aço já cortadas e dobradas, em pequenas quantidades;
- Armazenar as barras em galpões fechados e cobertos com lona plástica;
- Receber as armaduras já montadas;
- Pintar as barras com pasta de cimento de baixa consistência (avaliar a eficiência  periodicamente).

Meios mediamente agressivos :

- Armazenar as barras sobre travessas de madeira (Figura 11.3) de 30 cm de espessura,  apoiadas em solo limpo de vegetação e protegido de pedra britada.
- Cobrir com lonas plásticas;
- Pintar as barras com pasta de cimento de baixa consistência.(avaliar a eficiência  periodicamente);

Obs.: As barras que foram pintadas com camadas de cimento, para sua utilização na  estrutura deverão ser removidas, a qual pode ser feito manualmente através de impacto de  pedaço de barra de aço estriada e ajudar a limpeza através de fricção das mesmas.

Meios pouco agressivos:

- Armazenar as barras em travessas de madeira (Figura 11.3) de 20 cm de espessura,  apoiadas em solo limpo de vegetação e protegido por camada de brita.

Figura 11.3 - Armazenagem das barras de aço sobre travessas

Para a limpeza das barras com corrosão devemos fazer em ordem de eficiência:

  - jateamento de areia;
  - limpeza manual com escova de aço;
  - limpeza manual com saco de estopa úmido.


Tipos de aço:

Os aços estruturais de fabricação nacional em uso no Brasil podem ser classificados em três grupos:

· Aços de dureza natural laminados a quente: utilizados a muito tempo no concreto  armado. Nos dias de hoje possui saliências para aumentar a aderência do concreto.
· Aços encruados a frio: obtidos por tratamento a frio trabalho mecânico feito abaixo da  zona crítica, os grãos permanecem deformados aumentando a resistência.
· Aços para concreto protendido: aços duros e pertencem ao grupo de aços usados para  concreto protendido. Pode ser encontrado em fios isolados ou formando uma  cordoalha.

No Brasil a indicação do aço é feita pelas letras CA (concreto armado) seguida de um  número que caracteriza a tensão de escoamento em kg/mm². Segue ainda uma letra maiúscula  A ou B, que indica se o aço é de dureza natural ou encruado a frio.




OBS.: O comprimento usual das barras é de 11, com tolerância de mais ou menos 9%. E sua
unidade é em milímetros (Tabela 11.1).


Tabela 11.1 - Bitola dos aços em "mm" e respectivos pesos por metro

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

PISO DE CONCRETO

Utilizado principalmente para pisos Industriais interno ou externo, posto de gasolina, garagens de esdifícios etc. Devem ser cercados de todos os cuidados possíveis para a sua boa execução e utilização como: o cálculo estrutural, a análise do terreno de fundação, o estudo  das juntas, os materiais a serem empregados  o posicionamento das armaduras, a concretagem  a cura e o controle de qualidade dos pisos. Devem ser armados, melhorando  consideravelmente a durabilidade e manutenção.

Para os pisos armados pouco solicitados, como nos  salões comerciais, garagens,  quadras podemos adotar o seguinte: 

-  Sub base preparada preferencialmente com brita graduada tratada com cimento sendo 40% de brita 1, 40% de brita 2, 20% de areia fina e 6% de cimento em peso, compactada.
-  Lona plástica sobre a  sub base, para evitar que a infiltração de água pelas juntas  prejudique a sub base.
-  A armadura ( de preferência tela soldada ) deverá, obrigatoriamente, estar  posicionada a 1/3 da face superior da placa, com recobrimento mínimo de 5,0cm.
-  Quando não se tem  certeza de um preparo confiável do solo, utilizar armadura (  tela soldada ) adicional a 3,0cm da face inferior da placa.
-  Resistência mínima do concreto:
-  20 Mpa – Pedestres e carros, escritórios, lojas
-  25 MPa – Uso industrial geral: veículos com pneumáticos, condições  moderadas de ataque químico.
-  Slump entre 5 a 10 cm
-  As juntas tem a função de permitir as movimentações de contração e expansão do  concreto, porem representam pontos frágeis no piso, pois se não forem  adequadamente projetadas e executadas, podem provocar deficiência estrutural bem  como infiltração de água e outros materiais.

Os pisos armados tem vantagens sobre os pisos de concreto simples, pois permitem a redução considerável do número de juntas.

A junta é a descontinuidade do concreto e da armadura, sem no entanto ter descontinuidade estrutural ( utilização de barras de transferência ), podendo ser  Juntas  de Retração longitudinais e/ou transversais, construtivas ou serradas e  Juntas de  Expansão  (encontro) situada nos encontros dos pisos com peças estruturais ou outros elementos que  impedem a movimentação dos pisos. 

O espaçamento das juntas podem ser:


Piso não armados:   placas com no máximo 3,0m, para pisos de 10 a 12,5cm de espessura,   placas de no máximo 5,0m, para pisos de 12,5 a 15 cm de espessura e,  placas de no máximo 8,0m, para pisos de 15 a 25 cm de espessura.

Piso armado: placas com comprimento até 30m.

A largura da placa é limitado pela armadura distribuída, pelos equipamentos e métodos  executivos.

A concretagem pode ser executada de  duas maneiras: em dama (xadrez), sistema mais antigo, onde a concretagem é efetuada isoladamente das placas vizinhas, que só serão  concretadas 24 horas após ou  em faixas, onde as juntas serão serradas após dois dias no mínimo (Figura 8.17).

OBS: Hoje em  dia , a concretagem em dama deve ser evitada, podendo ser empregada  apenas em trabalhos muito simples.

Figura 8.17 - Detalhes da execução do piso de concreto

terça-feira, 8 de maio de 2012

Coberturas de concreto - Estructuras.


Esse tipo de cobertura refere-se às lajes impermeabilizadas ou às "cascas" de concreto. Em ambas as situações, maiores cuidados devem ser tomados em função dos  problemas  causados pela má impermeabilização.

Sempre que possível, já na fase de projeto,  deve  ser definido o tipo  de impermeabilização a ser adotado, onde então deverão ser fixados certos detalhes que posteriormente facilitem tais serviços.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

TEXTURA EM CONCRETO APARENTE .


  
Existem várias  formas  de  dar  textura  ao  concreto aparente. Nesse caso, a própria estrutura pode ser o revestimento do edifício. Obtém-se textura no concreto:

- pela colocação das fôrmas;
- pelo tipo de material utilizado como fôrma;
- após a retirada das fômas, com ferramentas;
- pelo tipo de agregado utilizado no concreto. Nesse particular, vale ressaltar os estudos que vem sendo desenvolvidos por  arquitetos e pesquisadores do país, sobre a utilização de materiais provenientes da britagem de mármores ou granitos como agregados.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

O que devemos verificar antes da concretagem - Plano de Concretagem.



Antes da concretagem devemos verificar um conjunto de medidas a  serem  tomadas antes do lançamento do concreto objetivando a qualidade da peça a ser concretada, que são

a) Fôrma e Escoramento

• Conferir a montagem baseada no projeto;
• Capacidade de suporte da fôrma relativo a deformações provocadas pelo peso próprio ou devido às operações de lançamento;
• Estanqueidade;
• Limpeza e aplicação de desmoldante;
• Tratamento da superfície de contato.

b) Armadura

• Bitolas, quantidades e dimensões das barras;
• Posicionamento;
• Fixação;
• Cobrimento das armaduras (pastilhas, espaçadores)
• Limpeza

c) Lançamento

• Programar antecipadamente o volume de concreto, início e intervalos das cargas;
• Programar o tempo previsto para o lançamento;
• Dimensionar a equipe envolvida no lançamento, adensamento e cura do concreto;
• Prever interrupções nos pontos de descontinuidade (juntas, encontros de pilares, paredes com vigas ou lajes);
• Especificar  a  forma de  lançamento  (convencional,  bomba estacionária,  autobomba com lança, esteira, caçamba);

• Providenciar equipamentos e dispositivos (carrinhos, jericas, guincho, guindaste, caçamba);
• Providenciar ferramentas diversas (enxada, pás, desempenadeiras, ponteiros, etc..)
• Providenciar tomadas de força para equipamentos elétricos;
• Durante o lançamento devemos evitar o acúmulo de concreto em determinados pontos da fôrma,   lançar o mais próximo da sua posição  final, evitar a segregação e o acúmulo de água na superfície do concreto, lançar em camadas horizontais de 15 a 30cm, a partir da extremidade para o centro das  fôrmas,   lançar nova camada antes do  início de pega da camada inferior, a altura de lançamento não deve ultrapassar a 2,0m;
• No   caso   de   lançamento   convencional   verificar:   o   intervalo   compatível   de   entrega   do concreto,   limitar  o  transporte a 60m,  preparar   rampas  e  caminhos  de acesso,   iniciar  a concretagem pela parte mais distante do local de recebimento do concreto;
• No caso de lançamento por bombas verificar: altura de lançamento, prever local de acesso e de posicionamento para os caminhões e bomba.

d) Adensamento

• Providenciar, vibradores de imersão (agulha), vibradores de superfície (réguas vibratórias), vibradores externos (vibradores de fôrma);
• O vibrador de imersão deve penetrar cerca de 5,0cm da camada inferior;
• Iniciar o adensamento logo após o lançamento;
• Evitar o adensamento a menos de 10cm da parede da fôrma devido a formação de bolhas de ar e perdade argamassa;

e) Cura

• Iniciar a cura tão logo a superfície concretada tenha resistência à ação da água;
• A cura deve ser contínua;

terça-feira, 17 de abril de 2012

Concreto: Consertos de falhas.


Devemos proibir, nas obras, que após a desforma de qualquer elemento da estrutura de concreto   armado   sejam  fechadas   falhas   (bicheiras)   do   concreto,   para   esconder   eventuais descuidos durante a concretagem ou por outro qualquer motivo.

Para os concertos nas falhas simples devemos assim proceder:

• remover o concreto solto, picotar e limpar bem o lugar a ser reparado.
• limpar bem as barras das armaduras descoberta removendo toda a ferrugem.
•  aplicar um adesivo a base de epóxi na superfície de contato do concreto e das barras de aço com o novo concreto de enchimento.
•  preenchimento do vazio,  com concreto  forte,  sendo aconselhável aplicar aditivo inibidor de retração (expansor).

Figura 11.36 - Método mais comum de consertos de falhas

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Concreto: Desforma.


A desforma deve ser realizada de forma criteriosa. Em estruturas com vãos grandes ou com balanços, deve-se pedir ao calculista um programa de desforma progressiva, para evitar tensões internas não previstas no concreto, que podem provocar fissuras e até trincas.

Quando os cimentos não forem de alta resistência inicial ou não for colocado aditivos que acelerem o endurecimento e a temperatura local for adequada, a retirada das fôrmas e do escoramento não deverá ser feito antes dos seguintes prazos:

• faces laterais 3 dias
• retirada de algumas escoras 7 dias
• faces inferiores, deixando-se algumas escoras bem encunhadas14 dias
• desforma total, exceto as do item abaixo 21 dias
• vigas e arcos com vão maior do que 10 m 28 dias

A desforma de estruturas mais esbeltas deve ser feita com muito cuidado, evitando-se
desformas ou retiradas de escoras bruscas ou choques fortes.

sábado, 14 de abril de 2012

Cura: Sistemas para obtenção da perfeita hidratação do cimento.


A cura é um processo mediante o qual mantém-se um  teor  de umidade satisfatório, evitando a evaporação da água da mistura,  garantindo ainda,  uma  temperatura favorável ao concreto, durante o processo de hidratação dos materiais aglomerantes.

A cura é essencial para a obtenção de um concreto de boa qualidade.  A  resistência potencial, bem como a durabilidade do concreto, somente serão desenvolvidas totalmente, se a cura for realizada adequadamente.

Existem dois sistemas básicos para obtenção da perfeita hidratação do cimento:

1 – Criar um ambiente úmido quer por meio de aplicação contínua e/ou freqüente de água por meio de  alagamento,  molhagem,  vapor  d’água ou materiais de  recobrimento  saturados  de água, como mantas de algodão ou juta, terra, areia, serragem, palha, etc.

OBS.: Deve-se ter cuidados para que os materiais utilizados não sequem e absorvam a água do concreto.

2 – Prevenir a perda d’água de amassamento do concreto através do emprego de materiais selantes, como folhas de papel ou plástico impermeabilizantes, ou por aplicação de compostos líquidos para formação de membranas.

Cimiento: Tempo de Cura.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Cobrimento da armadura


A  importância  do  Cobrimento  de   concreto   na  armadura   é   de   vital   importância   na durabilidade mas também pelos benefícios adicionais, como por exemplo a resistência ao fogo.

É preocupante ao constatar que esse ponto é freqüentemente negligenciado.

Na execução, deve ser dada atenção apropriada aos espaçadores para armadura e uso de dispositivos para garantia efetiva do cobrimento especificado (Figura 11.34).

Devemos em todos os casos garantir o total cobrimento das armaduras, lembrando que o aço para concreto armado estará apassivado e protegido da corrosão quando estiver em um meio fortemente alcalino propiciando pelas reações de hidratação do cimento, devemos fazer cumprir os cobrimentos mínimos exigidos no projeto e dado pela Norma. (Tabela 11.7)

                                                   Tabela 11.7 - Cobrimento das armaduras


para tal podemos empregar:

•  pastilhas  (espaçadores):  plásticas ou de argamassa,  que além de mais econômicas, aderem melhor ao concreto e podem ser facilmente obtidas na obra, com o auxílio de formas de madeira, isopor (caixa de ovos), (para fazer gelo), metálica etc...
• cordões de argamassa.

Figura 11.34 - Pastilhas de argamassa
e = recobrimento



Figura 11.35 - Pastilhas plásticas

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Concretagem: Nas Lajes.


Após a armação,  devemos fazer a  limpeza das pontas de arame utilizadas na fixação das barras, através de imã, fazer a limpeza e umedecimento das formas antes de concretagem, evitando que a mesma absorva água do concreto. O umedecimento nas fôrmas de laje maciça não pode originar acúmulo de água, formando poças.Garantir que a armadura negativa fique posicionada na face superior, com a utilização dos chamados "Caranguejos." (Figura 11.31)
Figura 11.31 - Detalhe da colocação de caranguejos no posicionamento das armaduras das lajes

Recomendamos o uso de guias de nivelamento e não de pilaretes  de madeira para nivelarmos a superfície das lajes.(Figura 11.32)

 
Figura 11.32 - Detalhe das guias de nivelamento

Recomendamos ainda que as passarelas, para movimentação de pessoal no transporte de   concreto,   seja  feita  móveis   e   apoiadas   diretamente   sobre   as   formas,   independentes   da armadura  (Figura 11.33). 

Desta  forma evitaremos a vibração excessiva das armaduras com eventual risco de aderência na parte de concreto já parcialmente endurecido,  e a deslocação das mesmas principalmente as armaduras negativas.

 Figura 11.33 - Passarela para concretagem

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Concretagem: Nas vigas.


Deverá   ser   feito   formas,   contraventadas   a   cada   50cm,   através   de   gavatas,  mãos-francesas etc.,  par evitar,  no momento de vibração,  a sua abertura e vazamento da pasta de cimento.

Verificar a estanqueidade das fôrmas;

Limpar as fôrmas e molhá-las antes de concretar

As vigas deverão ser concretadas de uma só vez, caso não haja possibilidade, fazer as emendas à 45º (Figura 11.30).

As   emendas   de   concretagem  devem  ser   feitas   de   acordo   com  a   orientação do Engenheiro calculista. Caso contrário, a emenda deve ser feita a 1/4 do apoio, onde geralmente os esforços sÃo menores. 

Devemos evitar as emendas nos apoios e no centro dos vãos, pois ao momentos negativos e positivos, respectivamente, são máximos.

                                Figura 11.30 - Emendas de concretagem em vigas realizada à 450

Quando uma concretagem for interrompida por mais de três horas a sua retomada só poderá ser  feita 72 horas  - após a  interrupção;  este cuidado é necessário para evitar que a vibração do concreto novo,   transmitida pela armadura,  prejudique o concreto em  início de endurecimento. A superfície deve ser limpa, isenta de partículas soltas, e para maior garantia de aderência do concreto novo com o velho devemos:

1º retirar com ponteiro as partícula soltas
2º molhar bem a superfície e aplicar
3º  ou uma pasta de  cimento ou um  adesivo  estrutural  para preencher  os  vazios   e garantir a aderência.
4º o reinicio da concretagem deve ser feito preferêncialmente pelo sentido oposto.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Concretagem: Nos pilares.


Verificar o  seu prumo,  e  fazer com que a  fôrma  fique  travada nos "engastalhos",  e contraventá-las.

Engravatar  a  fôrma a cada aproximadamente 50 cm,  e em casos de pilares altos  a 2,00m fazer uma abertura "janela" para o lançamento do concreto, evitando com isso a queda do concreto de uma altura fazendo com que os agregados graúdos permaneçam no pé do pilar formando ninhos de pedra a vulgarmente chamado "bicheira".

Podemos ainda fazer uma outra abertura no pé do pilar para,  antes da concretagem, fazer a remoção e limpeza da sua base.

O concreto deverá ser vibrado com vibrador específico para tal, e não a "marteladas" como o usual.

Fazer um "cachimbo" nas janelas para facilitar a concretagem (Figura 11.29).

Figura 11.29 - Cachimbo para facilitar a concretagem

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