sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Edifícios em Encostas.

O grande problema da fundação de edifícios em encostas, na realidade, é o tia estabilidade da encosta onde ele será construído. Se a encosta for estável, as questões que advem dc uma superfície de terreno inclinada são simples de se resolver. A Figura 6.14 mostra duas destas questões: (i) a de que no cálculo da capacidade dc carga a superficie inclinada do terreno precisa ser considerada e (ii) a de que sapatas vizinhas nào devem ser implantadas em níveis muito diferentes. No primeiro caso, as soluções mais gerais para capacidade de carga dc sapatas, como a de Vesic (1975) , incluem um fator redutor que é função
da inclinação do terreno. No segundo caso. pode-se adotar uma regra simples, como aquela mostrada na Figura 6.14.

Uma outra questão, no caso dc fundações em encostas, c a da profundidade mínima dc implantação. Nos terrenos planos, as fundações precisam ser implantadas a uma profundidade que as colo que a salvo basicamente de variações sazonais de volume do solo, ações de raizes de árvores e ero sões. Em geral, uma profundidade de 1,5 m é suficiente. Nas encostas, as fundações precisam se implantadas a uma profundidade tal que também as proteja de movimentos das camadas superficiais. É comum que as camadas mais superficiais de uma encosta estejam sujeitas a um movimento lento (às vezes chamado de "rastejo" ou creep), geralmente associado a variações de nível d'água. É importante que se estude cuidadosamente o perfil do terreno, seu(s) aquíferoís), para entào se escolher a profundidade de implantação das fundações.

Em certas circunstâncias, fundações superficiais nào sào possíveis e tubulóes ou estacas precisam ser adotados. No caso tle estacas, aque- las de maior seçào devem ser preferidas.


Fig. 6.1 4 - Alguns problemas com a implantação de fundações em encostas


Ao se falar em encosta estável para edificação, surge a questão do fator de segurança (ao deslizamento) a ser aceito. Seria razoável exigirse um fator de segurança da mesma ordem daquele exigido paia u peida da capacidade dc carga da fundação. Esta exigência, entretanto, freqüentemente leva a custos de obras dc estabilização elevados, e o projetista pode se ver sob pressão do proprietário ou incorporador.
 
A questão dos estudos de estabilidade de encostas c o projeto de obras de estabilização está fora do escopo deste capítulo. Apenas para ilustrar, apresentamos na Figura 6.15 as medidas estabilizantes mais adotadas, a saber :
 
1. corte para alívio do topo;
2. bermas no pé do talude (atenção para a drenagem!);
3. drenagem profunda por meio de drenos sub-horizontais perfurados;
4. suavizaçào da encosta por meio de uma série de pequenos cortes;  sendo que todas estas medidas — adotadas isoladamente ou combinadas—devem ser complementadas por drenagem superficial.
 
Para fundações em encostas, o engenheiro deve consultar um geólogo de engenharia. 


Fig. 6.1 5 - Medidas estabilizantes para encostas

Um comentário:

  1. Este tópico tem mais erro de português do que em qualquer texto que já vi.

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