terça-feira, 29 de maio de 2012

Pintura: Última etapa de uma obra


Tinta é uma composição química pigmentada ou não, que  se converte em película sólada quando aplicada. Composição  básica: veículos (resinas, emulsões, óleos), pigmentos (partículas  sólidas), solventes e aditivos. As tintas podem ser classificadas  da  seguinte forma:

A função do solvente é baixar a viscosidade do  veículo de maneira a facilitar a aplicação da tinta. O solvente  mais   antigo usado nas tintas à óleo é a  aguarráz  ou terebentita (essência de terebentina). É bom lembrar que a aguarráz diminui a  resistência  da tinta assim como diminui o seu brilho podendo ficar fosca se usada em grande quantidade.

Os materiais betuminosos  têm  emprego  na  construção civil como produtos de estanqueidade ou como tintas de proteção  de baixo custo, principalmente contra a ação da umidade.

As resinas epóxi em adição mostram excelente adesão a diversos tipos de superfícies e oferecem uma das melhores combinações conhecidas de propriedades:
  - baixa viscosidade inicial, facilitando sua aplicação
  - fácil e rapida cura, dependendo da seleção do agente de cura
  - baixa retração durante a cura
  - alta adesividade não necessitando muito de grandes pressões
  - ótimas propriedades mecânicas
  - alto isolamento elétrico
  - boa  resistência  química,  dependendo   consideravelmente   do   agente   de   cura empregado
 - versatilidade

Na pintura com tinta à óleo, simples ou fina,  deve-se aplicar  sobre  a  argamassa antes da primeira demão, tintas impermeabilizantes que impeçam, a absorção do óleo pelo revestimento. 

Embora a pintura seja a última etapa de uma obra, ela deve ser pensada desde a fase de elaboração do projeto. A  preparação da superfície resume-se em:

 - alvenarias: 

1) Eliminar o pó, escovando ou espanando a superfície.
2) Eliminar manchas de gordura  com uma solução de detergente
e água. Enxaguar e deixar secar.
3) Eliminar o mofo, lavando a  superfície com uma solução de
água sanitária e água. Enxaguar e deixar secar.

4) Eliminar  umidade  interna    corrigindo   a   causa   do  
vazamento  (canos furados, calhas entupidas).   
5) Eliminar caiação, se houver, com escova de aço.
6) Eliminar pequenas rachaduras   e  furos  de  pregos,  com
massa de reboco.
7) Eliminar com espátula, partes soltas ou crostas de tinta antiga.

 - madeira:

    1) Eliminar o pó, escovando ou espanando a superfície.
    2) Eliminar manchas de gordura.
    3) Eliminar imperfeições, lixando.
    4) Eliminar pequenas rachaduras com massa própria.
    5) Eliminar partes soltas de tinta antiga com  espátula,  e lixar.
    6) Eliminar com removedor próprio, toda a tinta em mau estado.

 - metal:

1) Eliminar o pó, escovando ou espanando a superfície.
2) Eliminar  completamente  pontos  de  ferrugem  por  lixamento  manual ou mecânico.
3) Remover partes soltas ou crostas de tinta velha com removedor próprio.

Apesar de  toda  a  qualidade  que  uma  determinada  tinta contenha, podem ocorrer problemas detectados no momento  de  abrir  a lata ou mesmo após a aplicação. Entre eles, destacam-se:
 
- ao abrir a lata:

    1) Sedimentação - A parte saida da tinta se acumula no fundo da embalagem devido a um longo tempo  de armazenamento. Isso é corrigido homogeneizando-se a tinta   convenientemente,  com um instrumento adequado. Não utilize chave de fenda ou  qualquer  objeto arredondado.
    2) Cor diferente da cartela de cores - As cores que se encontram nas cartelas  de cores são confeccionadas com  produtos diferentes daqueles que representam, devido ao sistema de   impressão.

Suas tonalidades aproximam-se ao máximo do padrão de cor da  tinta, porém, são passíveis  de  pequenas  variações,  além de poderem  se alterar sob a ação do tempo e da luz. Por isso, a  cartela  deve  ser usada como um meio de identificação e não como  um  padrão  exato  de cor.

 - após a aplicação:

    1) Secagem retardada - Pode ser causada pelo ambiente úmido ou de temperatura muito baixa, impedindo que o solvente evapore.  Por essa razão, deve-se evitar a pintura em dias chuvosos ou muito  frios (abaixo de 15ºC). Além disso, a não preparação correta da superfície pode deixar contaminantes na tinta que causam esse  problema.  Assim, para cada substrato  (cerâmica, concreto, madeira,  metal)  a  ser pintado deve-se observar as instruções preparatórias.
    2) Cobertura insuficiente - A diluição excessiva da tinta torna a espessura do filme inferior a ideal. Para corrigir, adicionar tinta não diluída. A não homogeneização  adequada da tinta na embalagem também pode causar uma cobertura deficiente na  aplicação, já que os pigmentos tendem a assentar. Superfícies muito absorventes, não seladas, também podem trazer o problema em questão. Para  evitar, deve-se seguir o correto sistema de pintura.
   3)  Escorrimento - Diluição   excessiva   e   utilização    de    solventes    não especificados são razões para que a tinta escorra;  por isso, devem ser evitados.
    4) Dificuldade de aplicação - A  tinta pode se tornar pesada na aplicação se não for diluída suficientemente.
    5) Descascamento -  A  aderência  da  tinta  em  superfícies
pulverolentas não é boa, ocasionando esse problema.
    6) Falta de alastramento - A tinta não se espalha ao  longo da superfície. Pode ser em decorrênncia de  uma  diluição  insuficiente ou da aplicação de camadas muito finas.
    7) Formação de espuma em madeira - Ocorre quando a  pintura é feita  em  superfície demasiadamente  úmida,  Por  isso, deve-se certificar que ela esteja devidamente seca  antes  da  pintura.  Pode ocorrer, também, devido ao excesso de diluição dado à tinta.
    8) Eflorescências - Acontecem quando a tinta  foi  aplicada sobre reboco úmido e manifestam-se como manchas esbranquiçadas na superfície pintada. Ocorre  devido  à  migração de umidade para  o exterior.  Enquanto a  umidade  ou os sais solúveis  não   forem eliminados, o problema persistirá.
    9) Saponificação/calcificação - Causada  pela  alcalinidade natural da cal e do cimento que compõem o reboco, manifestando-se como manchas que deixam a superfície pegajosa.
   10) Destacamento - A tinta se separa da parede,  carregando partes do reboco e tonando-o esfarelado.  Ocorre  quando  a  tinta  é aplicada sobre superfície de reboco novo não curado.
    11) Manchas causadas por pingos de chuva -  Podem  aparecer na superfície recém-pintada e ocorrem porque os pingos de chuva provocam a extração de substâncias solúveis que afloram e mancham o filme da tinta.
   12) Bolhas  -  Podem  ocorrer  quando  for  aplicada  massa corrida PVA (látex) em exteriores pois o produto  é  indicado apenas para interiores. Podem ocorrer, também em repintura sobre tinta de má qualidade.

Além  desses,  podem  ocorrer  problemas  que  não   tenham correção, resultado de  reações  químicas  devidas  ao  armazenamento prolongado sob calor  ou  frio  intenso e adição de solventes não apropriados.

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