Entretanto, as construções medievais eram grandes, como atestam seus castelos, e alguns progressos sempre se verificaram. Em algumas dessas obras de porte que tinham suas fundações sobre faxinas, estas evoluíram para verdadeiros assoalhos de madeira no fundo das escavações levadas até o nível d água. Em outras obras, como pontes, cm virtude mesmo dos problemas já referidos, os cuidados de construção de fundações eram agora facilitados pelo bombeamento das ensecadeiras, pelos bate-cstacas acionados por iodas de pé ou de água e também pelo uso do cimento pozolànico italiano, impermeável. Onde a correnteza tornava difícil a construção de pilares, optava-se por um arco único, que assim foi aumentando de vão ate 70 m. Também progrediram as fundações sobre estacas de madeira, principalmente em equipamentos: por volta de 1250, Villard de Honnicourt inventou uma serra para cortar cabeças dessas estacas debaixo dágua e, em M50, Francesco Di Giorgio projetou um bate-estaca já próximo dos modernos.
Esses progressos foram se acentuando pelos fins dos tempos medievais e em seu tratado De reaetlificatoria", de M85, Alberti vai até a construção de eclusas cm canais. Veio o Renascimento, também no campo científico e então fulgiram os gênios de Leonardo e Galileu. Leonardo da Vinci, na arquitetura, na construção c até na engenharia, apresentou projetos de bate-estacas e ensecadeiras. Galilco Galilei, nào só reuniu tudo
que a ciência do século XVI tinha trazido para a arte da construção, mas também pelos seus estu-
dos sobre a flexào de vigas acabou por fundar a Resistência dos Materiais. O livro sobre técnicas construtivas mais conhecido dessa época, escrito por Philibert de 1'Orme ( 1561), tratava até de fundações fluviais e marítimas e já se intitulava: invenções para a boa construção e a baixo custo".
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