1 Reparo ou Reforço dos Materiais
Aqui cabem os casos em que o problema estaria na deterioração dos materiais que constituem os elementos ile fundação. Seriam casos, como, por exempio, da ocorrência de agressão ao concreto ou corrosão das armaduras que constituem as sapatas de fundação, as estacas, os tubulões ou, ainda, os blocos de capeamento ou coroa mento sobre as es- tacas e os tubulões. Trata-se, poitanto, de um problema tipicamente estrutural, não associado à transferência de carga para o solo.
2 Enrijecimento da Estrutura
Pode-s e considera r uma soluçã o por enrijecimento da estrutura, para os casos em que se estivesse procurando, apenas, minimizar os recalques diferenciais que estariam ocorrendo. Este enrijecimento poderia, ser alcançado através de implantações de vigas de rigidez interligando as fundações (Fig. 12.2) ou a introdução de pecas estruturais capazes de gerar o travamento da estrutura (Fig. 12.3).
Fig. 12.2 - Viga de Rigidez |
Fig. 12.3 -Enrijecimento da estrutura |
Este caso aplica-se às fundações por sapatas ou tubulões. onde a transferência de carga para o solo ocorre, basicamente, pela superfície horizontal de contato da fundação com o solo. Estes reforços seriam ocasionados por um aumento das cargas originais, ou por ler sido adotado um valor inadequado para a tensão admissível do solo.
Constitui-se na ampliação da seção em planta da sapata ou da base do tubulão, efetuada por meio de um "enxerto". Este. em geral, é caracterizado pelo chumbamento de ferragens na peça existente, apicoamentode suas superfícies e o uso de resinas colantes, bem como traços especiais do novo concreto a ser aplicado que, por exemplo, garanta uma forte retração para a melhor ligação entre o concreto antigo e o novo ( Fig. 12.4 )
Fig. 12.4 - Aumento de tamanho de base de tubulão |
Este tipo de reforço constitui-se na instalação de pequenos elementos superpostos dc estacas, os quais podem ser compostos por pecas dc concreto armado vazadas ou perfis metálicos. Sào cravados através do emprego de macaco hidráulico que reage contra uma cargueira (Fig. 12.5), contra a estrutura ou contra a fundação já existente (Fig. 12.6). Estas estacas sào também conhecidas sob a denominação de Estacas Mega ( Fotos 12.6 e 12.7).
Foto 12.6 - Partes componentes de estacas prensadas |
Foto 12.7 - Cravaçâo de estacas prensadas |
Fig. 12.5 - Cargueira para cravaçâo de estacas prensadas |
Fig. 12.6 - Reação contra a estrutura existente |
Fig. 12.7 - Seqüência executiva de estacas prensadas |
de que possam existir devido à precariedade das fundações defeituosas. A segurança da obra, que está sendo reforçada, é aumentada instantaneamente após a instalação de cada estaca. A seqüên-cia de execução esta apresentada na Figura 12.7.
As estacas dc concreto são vazadas, tanto que são comumcntc chamadas de tubos. F. usual que, ao terminar a instalação da cstaca e antes dc seu encunhamento contra a estrutura, sejam colocadas uma ou mais barras de aço no interior do círculo vazado e o mesmo preenchido com concreto. Tal medida visa dar uma certa continuidade entre os diversos segmentos.
Muitas vezes torna-se necessário executar vigas de concreto armado sob as paredes ou embutidas nas mesmas, pois as alvenarias não seriam capazes de suportar, diretamente, os esforços aplicados pelo macaco hidráulico (Foto 12.8).
Foto 12.8 - Viga para reação |
Fig. 12.8 - Reforços por estacas-raiz |
Kstas estacas são denominadas estacas-raiz, microestacas e pressoancoragens e sào executadas por perfuração com circulação dc água. Os equipamentos para execução deste tipo dc estaca caracterizam-se por suas pequenas dimensões, permitindo o acesso a locais com limitações de altura como. por exemplo, os subsolos dc edifícios.
Têm a vantagem de não ocasionar vibrações durante sua implantação, as quais poderiam pre-judicar ainda mais as condições de instabilida-de das fundações já doentias. Por outro lado, devese considerar que a injeção e circulação de água sob as fundações problemáticas podem vir a instabilizar ainda mais as condições existentes.
Podem ser instaladas inclinadas ou verticalmente ao lado das peças a serem reforçadas ou, ainda, perfurando as sapatas ou blocos de coroamento, sendo incorporadas nestas peças (Fig. 12.8).
6 Estacas Convencionai s
Nos casos em que haja altura suficiente para a instalação de um bate-estacas , é possível considerar-s e o empreg o de estacas um tanto mais convencionai s de concret o armado ou protendido. ou ainda estacas metálicas por perfi s soldados , laminados , trilhos ou tubos de parede grossa. Em geral, serão necessárias emendas , pois raramente o pé-direito dispo-nível será tal que permita a cravaçào de peças únicas .
Ainda é possível, nestes casos, considerarse o uso de estacas moldadas "in-loco" tipo Strauss, pois o equipamento, constituído por um tripé, em geral consegue ser instalado em locais com pé-direi-to um tanto restrito (cerca de 5,0 metros). Neste caso, há necessidade do uso de tubos de revestimento de pequeno comprimento (cerca de 2,0 metros).
7 Sapatas, Tubulões e Estacas Adicionais
Trata-se da instalação de mais apoios, por meio do acréscimo de sapatas, tubulões ou estacas, de tal forma a reduzir o carregamento nas fundações originais. Tal medida visa a compensar o aumento de carregamento ou a adoção de uma tensào aplicada ao solo, que tenha sido elevada diante da qualidade do material de apoie.
8 Melhoria da s Condições do Solo
Nesta categoria, consideram-se os métodos que permitam melhorar as características de resistência e compressibilidade dos solos de apoio das fundações.
Os tipos mais prováveis a serem utilizados seriam a injeção de nata de cimento ou gel sob altas pressões ou "jet grouting" e CCP. Como ilustração, vide Figura 12.9.
Fig. 12.9 - Melhoria do solo por colunas CCP |
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